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2012 - Livro Vermelho 2013

Hymenophyllum fragile (Hedw.) C.V.Morton LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 22-05-2012

Criterio:

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie é amplamente distribuída e está presente em unidades de conservação (SNUC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Hymenophyllum fragile (Hedw.) C.V.Morton;

Família: Hymenophyllaceae

Sinônimos:

  • > Trichomanes fragile ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Dados populacionais

No Paraná existe uma coleta botânica da espécie em populações grandes e densas (Schwartburd, P. B., 777, UPCB 54317).

Distribuição

A espécie ocorre nos estados São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Windisch, 2012).Os registros botânicos indicam a ocorrência da espécie em altitude entre 100 m (Schwartburd, P. B., 773) e 1500 m (Pereira, J. B. S. 238. UPCB 67991).Nas montanhas do Paraná a espécie é considerada rara em altitudes acima de 800 m (Paciencia, 2008)

Ecologia

A espécie ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Mista. Os registros botânicos indicam que a espécie apresenta hábito epífita e rupícola(CNCFlora, 2012), porém Dittrich et al.e Salino (2005) relatam o hábito hemiepifita. A espécie ocorre no interior da mata ou sobre afloramento rochoso, em locais sombreados, úmidos (CNCFlora, 2011) e protegidos do vento (Paciencia, 2008), como as margens de curso de água (Figueiredo, Salino, 2005).

Ameaças

1.3.3 Wood
Detalhes As formações florestas das RPPNs em MG sofreram corte rasos emdiferentes períodos devido ao garimpo, a demanda por lenha e madeira, a produçãode carvão e para fins agrícolas. Assim é comum encontrar na mesma áreaflorestas com diferentes estágios de regeneração (Figueiredo; Salino, 2005).

7.6 Avalanches/landslide
Detalhes Devido ao escorregamento da fina camada de solo com amata sobre a rocha, é comum a observação de clareiras nas RPPNs de Minas Geraisonde a espécie ocorre. As áreas apresentam forte declividade, a impressão quese tem, é que nesses trechos, a repetição desse processo cria um ciclo queimpede o avanço do processo sucessional de forma a se obter matas como aquelasdo fundo de vales que apresentam solos bem desenvolvidos (Figueiredo; Salino, 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes No Brasil, a área original de Floresta Ombrófila Mista(Floresta de Araucária), era de aproximadamente 200.000 a 250.000 km²,ocorrendo com maior intensidade nos Estados do Paraná (40%), Santa Catarina(31%), Rio Grande do Sul (25%), apresentando manchas esparsas no sul de SãoPaulo (3%), internando-se até o sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro (1%) (Klein,1960). Atualmente os remanescentes florestais não perfazem mais do que 1% daárea original (MMA, 2002). A intensidade da exploração madeireira,desmatamentos e queimadas, substituição da vegetação por pastagens,agricultura, reflorestamentos homogêneos com espécies exóticas e a ampliaçãodas zonas urbanas no Sul do Brasil foram as principais ameaças da região(Medeiros et al., 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A retirada da cobertura vegetal da Mata Atlântica,visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeirae ocupação humana para agricultura, pastagem, extração madeireira e ocupaçãohumana ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior partedeste bioma, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original. Devido àocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umasdas outras, formando pequenas ilhas de vegetação nativa (Galindo-Leal; Câmara, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Presumivelmente extinta" (PE) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): RPPN Caminho das Pedras, BA; Parque Nacional Saint Hilaire / Lange, Parque Estadual Pico Paraná; Parque Estadual do Marumbi; Parque Estadual Vila Velha, Reserva Natural Rio Cachoeira, Parque Ecológico da Klabin, PR; Parque Nacional da Serra Itajaí, RPPN Leão da Montanha, RPPN Prima Luna, SC; Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Nacional Serra da Bocaina, Estação Ecológica Bananal, SP; Reserva Biológica Augusto Ruschi, ES (CNCFlora, 2011); RPPN Capitão do Mato e RPPN Jambreiro, MG (Figueiredo; Salino, 2005).

Referências

- GALINDO-LEAL, C; CÂMARA, I.G. Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 472 p.

- DITTRICH, V. A. O.; WAECHTER, J. L.; SALINO, A. Species richness of pteridophytes in a montane Atlantic rain forest plot of Southern Brazil. Acta Botânica Brasilica, v. 19, n. 3, p. 519-525, 2005.

- FIGUEIREDO, J. B.; SALINO, A. Pteridófitas de quatro reservas particulares do patrimônio natural ao sul da região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Lundiana, v. 6, n. 2, p. 83-94, 2005.

- KLEIN, R. M. O Aspecto Dinâmico do Pinheiro Brasileiro, Sellowiana, v.12, n.12, p.17-44, 1960.

- MEDEIROS, J. D.; SAVI, M.; BRITO, B. F. A. Seleção de áreas para criação de Unidades de Conservação na floresta ombrófila mista. Biotemas, v. 18, n. 2, p. 33-50, 2005.

- MMA-MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Proposta do grupo de trabalho preservação e recuperação da floresta ombrófila mista no estado de Santa Catarina, Portaria Ministerial 49 de 06 de fevereiro de 2002, Brasilia, DF, 2002.

- GALINDO LEAL, C.; CÂMERA, I. G. Atlântic forest hotspots status: an overview. Washington: Island Press, 2003. 3-11 p.

- PACIENCIA, M. L. B. Diversidade de pteridófitas em gradientes de altitudes na mata atlântica do estado do Paraná, Brasil. Tese de doutorado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2008.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

- WINDISCH, P. G. Hymenophyllaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB091174>.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E. Hymenophyllaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

Como citar

CNCFlora. Hymenophyllum fragile in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Hymenophyllum fragile>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 22/05/2012 - 19:43:09